Penamacor Vila Madeiro concluiu mais uma edição
A vila de Penamacor celebrou mais uma edição do evento «Penamacor - Vila Madeiro», com animação e folia que se estendeu nos feriados e fins de semana, de 7 a 25 de dezembro. O evento contou com várias iniciativas que encheram os vários espaços e ruas de Penamacor, com locais e visitantes a participar nos festejos e celebrações em torno das tradições da vila raiana. A «chama da tradição» arrancou este ano com a apresentação do livro Outras (In)verosímeis Histórias de Jolon, de José Lopes Nunes, natural do concelho de Penamacor e com um extenso historial ligado ao jornalismo regional e nacional. Também do mesmo autor se encheu o espaço de exposições temporárias do Museu Municipal com uma exposição fotográfica intitulada «O Pôr-do-Sol do Quartel Militar de Penamacor em 25 imagens», com vários registos em diferentes períodos, prismas e ângulos durante o ocaso. Por outro lado, a autora Marisa Lucas Santos, também natural do concelho de Penamacor e educadora de infância, apresentou a sua obra «É Véspera de Natal», um conto infantil que desperta para a magia da época natalícia.
Remontando para a valorização das tradições associadas à época, o debate foi aberto no «Fórum Madeiro - a Chama da Tradição», com a participação e presença da Vice-Presidente, Ilídia Cruchinho, Eugénia Correia, da Associação Portuguesa para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, Paulo Silveira, investigador dos Três Povos, e André Oliveirinha, técnico do Museu Municipal de Penamacor. Em espaço aberto ao público e com participação significativa do auditório, deu aso a conversas sobre as políticas e as estratégias de valorização das «fogueiras de Natal» que se encontram espalhadas um pouco por toda a região interior do país, e, em particular o Madeiro de Penamacor, face à tradição e aos rituais comunitários em torno daquele que é o maior madeiro do país - não apenas em dimensão, contudo, pelo simbolismo e mobilização que se gera para que a «chama» se transmita ao longo das gerações. Foi, igualmente, tradição, o Encontro de Cantares ao Menino, que contou já com a sua sétima edição. Sob o esplendor da arte barroca que reveste o interior da Igreja de Santo António, anexa ao antigo convento da ordem franciscana, as melodias deram mais luz e encanto a quem assistiu ao replicar do cancioneiro popular com músicas e canções que ilustram este período festivo da liturgia cristã. Ainda no registo musical e das tradições natalícias, os alunos da Academia de Música e Dança do Fundão do Polo de Penamacor e a orquestra sinfónica da mesma instituição foram protagonistas, tendo a igreja matriz de S. Tiago como palco. Foi mais uma iniciativa que contou com forte adesão de locais e visitantes, que foram brindados com as habituais músicas natalícias, e contou ainda com um tributo à artista Sara Tavares, que faleceu recentemente, e com a interpretação de algumas melodias e cantares do álbum «Operários do Natal», de Carlos Mendes, Fernando Tordo e Paulo de Carvalho, com textos de Ary dos Santos e Joaquim Pessoa. O espetáculo encantou a quem assistiu, e, nas palavras da Vice-Presidente, Ilídia Cruchinho, embora Penamacor se trate de um concelho pequeno, demonstra que existe grande potencialidade musical e que tal é ilustrado pelas Atividades de Enriquecimento Curricular, no âmbito da música, mas também pela existência de inúmeras escolas particulares.
Outra vertente que enredou o evento foi a valorização da paisagem e dos recursos endógenos, nomeadamente com as atividades de Foraging, associada à Carta Europeia de Turismo Sustentável - Terras do Lince, e de plantação de sobreiros na Mata Municipal de Penamacor. Ambas contaram com dezenas de participantes que foram convidados, quer a degustar produtos com recurso a ervas que tradicionalmente se encontram no território e que aromatizavam as mesas beirãs, quer à experiência de plantar e valorizar as paisagens tradicionais da região, nomeadamente, do sobreiro, que embora se trate de uma espécie autóctone no território, se encontra ameaçada, face aos desafios climáticos e à sobrevalorização de outras espécies para a indústria da madeira. A ação de plantação foi encetada pela Malta de 2003, que realizou o Madeiro, com o apoio do Município de Penamacor.
Na noite de 23 para 24 de dezembro, às 23:59h, no largo da Igreja Matriz de Penamacor, foi acesa a Chama da Tradição, sendo este o momento mais esperado pela "Malta do Ano" que, uma vez mais, contou com a presença de uma multidão de pessoas, entre visitantes e residentes.
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